Carta de Despedida!


 Versão traduzida pela @InSUBs:
Dizem que todo fim é um novo começo. Na primavera de 2007, eu estava no set para o último dia de gravação de The OC quando recebi a ligação. Precisava ir assistir imediatamente um teste para o protagonista do meu novo piloto, Chuck. Quem era o ator que estava lendo? Zachary Levi.
Começava então a jornada mais quixotesca, satisfarória e, às vezes, surreal da minha carreira. No outono de 2007, eu tinha sorte de ter não apenas Chuck estreando, mas também Gossip Girl, outra série que havia co-criado. Quais eram as chances, já que temos sete dias na semana, delas irem ao ar contra a outra? Mas elas foram, e meus pais trocaram de DVR.
Enquanto a primeira temporada de Chuck começava a crescer, a greve dos roteiristas começou. Não sabíamos se iríamos voltar. Esperamos ansiosamente por quase um ano para voltar. À medida que a segunda temporada chegava ao fim, soubemos que a NBC iria exibir The Jay Leno Show cinco noites por semana no horário nobre, eliminando cinco horas da programação. Mais uma vez, nosso futuro estava em perigo. Podemos não ter sido um grande hit, mas tínhamos fãs apaixonados, e quando a NBC liberou a programação preliminar do outono de 2009 e Chuck não estava nela, os fãs se mobilizaram.
Não era apenas uma campanha de escrever cartas, mas algo que envolvia uma nova arma na cruzada dos fãs para salvar a série: maionese. Fizemos uma propaganda não muito sutil dos sanduíches da Subway (que são uma delícia!). Então nossos fãs foram até lanchonetes da Subway mundo afora, pedindo milhares de sanduíches. Isso ganhou atenção num nível nacional. A NBC notou. Com um misto de orgulho e temor, eu digo: Chuck foi salvo por sanduíches. E pelos melhores e mais apaixonados fãs do universo.

O que salvou Chuck foi a mesma coisa que fez as pessoas que o amavam se comprometerem: uma mistura de gêneros – de espionagem a sci-fi a comédia romântica – com um coração devotado a seus personagens e uma alma na cultura dos filmes geek do verão de 1980. Bom, da década de 80 inteira.
O co-criador Chris Fedak e eu falávamos que se as nossas versões de 13 anos pudessem assistir a série que nós criamos, iam perder a cabeça. Foi nosso amor adolescente por Quantum Leap que nos fez ir atrás de Scott Bakula pra fazer o papel do pai de Chuck. Sabendo da situação precária da nossa audiência, Scott aconselhou: “Mantenha a cabeça baixa e continue fazendo a série. Antes que você perceba, terão se passado cinco anos. Foi assim que fizemos em Quantum Leap.”
Escalar atores que crescemos amando não parou por aí. Fomos ousados com nossa nerdice. O Doc Brown Christopher Lloyd fazendo o papel de um médico para que o Chuck pudesse chamar o astro de De Volta Para o Futuro de “Doc”? Sim. Uma grande influência para Chuck foi Fletch, então foi uma honra ter Chevy Chase fazendo um dos nossos melhores vilões. Claro, não haveria Chuck sem James Bond. O primeiro filme de Bond que tive idade pra ver no cinema? The Living Daylights. Então imagine a pulsante animação que sentimos quando Timothy Dalton assinou por uma temporada. E quem poderia ter feito a mãe de Chuck além do ícone feminino dos verões do passado, Linda Hamilton, de O Exterminador do Futuro? A lista continua, e sabíamos que nossos fãs ficariam tão animados quanto nós.
Agora, graças ao presidente da NBC Entertainment, Bob Greenblatt, poderemos dizer um adeus apropriado aos nosso fãs no nosso series finale do próximo dia 27. E com todo fim, vem um novo começo. No último dia de gravação de Chuck, minha filha nasceu. Isso te dá perspectiva. Meu sonho é que um dia, algum garoto que cresceu assistindo nossa série terá sua própria série e contratará um de nossos talentosos atores para participar. E então, esse ator poderá aconselhá-lo: “Mantenha a cabeça baixa e continue fazendo a série. Antes que você perceba, terão se passado cinco anos. Foi assim que fizemos em Chuck.”
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